Seria bom ter uma placa de 'vende-se' para cada coisa que não nos cabe mais.
As palavras frias e duras do dia-a-dia? Venderia todas.
Minhas chateações profundas? Livraria-me delas por um preço irrisório.
Cada lágrima caída? Engarrafaria e venderia como preciosidade (há quem não chore e sinta falta).
Sempre há quem compre o que não precisa.
É cíclico e constante.
Não te serve? Passe pra frente. Nem pense se fará mal ao próximo dono, apenas livre-se disso (seja lá o que isso for).
Aí entra nosso ego. Nós, antes de tudo.
Eu antes de você e você antes do próximo. Repetidamente!
E quando não se acha a certeza de querer se livrar de fato, "aluga-se".
Pensando bem, não precisamos de placas! Todos temos uns 'post-its' na porta da geladeira, no caso de nossos sofrimentos serem pequenos demais.
Que tal catalogar nossos sentimentos?
Quem tiver paz pra 'dar e vender', favor entrar em contato. Pois de lamentações, nosso mercado já está saturado.
Rafaella Moura
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