sábado, 30 de janeiro de 2010

Às vezes eu me sinto numa forte correnteza, bem no meio do mar!
E isso vai me arrastando contra minha vontade e quanto mais eu tento deixar as coisas no lugar, mais isso foge de mim.
Foi exatamente isso que eu senti por quase o ano inteiro, esse aí, que passou... Que as coisas não estavam no meu controle.
Fiz escolhas, fizeram escolhas por mim, lutei, me afoguei, respirei e me afundei de novo. Fico pensando o quanto a culpa é minha de estar no meio do mar, porque afinal, se eu não entrasse nele, a correnteza não teria efeito sobre mim.
Na verdade, eu sempre tive certa aptidão pra me enfiar em correntezas mais fortes do que eu. Me envolvo tanto nelas, que não me dou conta que elas me levam pra onde querem. Quando eu finalmente consigo sair, eu vejo que devia ter nadado mais forte, não que eu consiga mudar o rumo de um mar inteiro, mas não posso deixar que ele imponha mudanças em mim.
Aí quando as coisas vão se acalmando e vão virando apenas ondas, eu consigo ir, com cuidado, saindo delas. Eu deixo o mar para trás, embora algumas vezes eu sinta como se o mar me lançasse para fora dele. Toda correnteza tem um rumo, que para uns serve e para outros, nem tanto. A terra firma, porém, serve para todos.

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