Uma contadora de histórias!
Passou por muitos casos e ao acaso destes fatos, grandes memórias e fabulosas histórias ficaram gravadas e transpassaram longos anos até que aqui chegaram.
Viajou muito sem sair de casa, pois mergulhada em mapas encontrou uma paixão.
É guerreira, pelas lutas que passou, sofrimentos que por longos anos enfrentou e principalmente pelas vitórias que conquistou.
Na sua infância era tudo diferente e brincava livremente pelas ruas com os pés no chão. Teve vestidos feitos retalhos, passou por maus bocados, teve uma vizinha meio bruxa e um primo que a adorava.
A paixão com que conta suas histórias nos permite imaginar as cenas, sempre muito detalhadas, com cheiro, sabores e cores das imagens relatadas.
Viajo sempre nas suas poesias, poemas e fantasias, todas bem escritas, dotes de uma poetiza.
Palavras lindas mesmo quando falam de dor, pois como ela sempre me diz: poeta tem alma triste! E nestas sábias palavras sempre busco inspiração.
Seus desenhos, pinturas e quadros são cheios de vida até mesmo quando estão em preto e branco, pois vejo nela e isto é fato; paixão!
Paixão que vejo também na cozinha, que como uma boa mineira, tem as medidas certas nas mãos, as melhores receitas na cabeça e a mais pura boa-vontade no coração.
Ainda na cozinha a vejo cortar tecidos e até hoje brinco com os retalhos dos panos à costurar. São crochês, tricôs e trançados que com muita paciência tentou me ensinar.
Me lembro bem de uma certa data, de uns dois anos atrás, meu aniversário! Toca o telefone, não são os meus parabéns. Uma onda de tristeza e logo vem a vitória. Mais uma luta que ela superou.
E são cafés e conversas e muitos momentos, que como sempre digo, tenho vontade de guardar em uma caixinha.
E nela me espelho, nela me inspiro e muito amo.
De Rafaella Maiolini para Irene do Lago.
amo você, vózinha (L)
Rafaella Moura